Como criar pequenos arranjos
- Vito Lorenzoni - SOLOSAX
- 13 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de mai. de 2020
Olá pessoal! Hoje gostaria de compartilhar um pouco de como costumo trabalhar com a criação e registro de pequenos arranjos para sopros. Vou falar um pouco sobre como isso acontece e as ferramentas que me ajudam a realizar essas tarefas.
Pra começar, acho que um algo fundamental neste processo é uma coisa que todos temos: a voz. Sim, depois de alguns anos insistindo em evoluir nesta prática chego a conclusão de que a maneira mais eficaz de criar uma melodia é cantar.
Depois de fazer um pouco isso, acho importante registrar as primeiras idéias. Depois desse esboço. Fica tudo mais fácil. Pois já existe um caminho, uma idéia a ser seguida e lapidada. Para tal, uso o software Sibelius. Mas existem vários bons programas gratuitos, como o MuseScore. Pode ser no papel e lápis também, mas a diferença aqui e que você não pode ouvir o que escreveu. No software costumo colocar também o andamento da música e abrp os acordes, adicionando um piano na parte inferior da página. Isso tudo, torna a parte teórica mais prática. Pois é possível ouvir dissonâncias indesejadas, posteriormente, pensar outras vozes para compor o arranjo de maneira mais eficaz.

Depois desse esboço inicial, é hora de registrar e ouvir como soa nos instrumentos. No exemplo acima, fiz um naipe de sax tenor e sax alto para a introdução de um reggae bem tradicional. Repare que os acordes não usam extensões como nonas e sétimas. Aqui cabem também aberturas quartais resolvendo em intervalos de terça ou sexta maior.
O programa que uso para gravação é o CakeWalk, a versão mais recente do conhecido Sonar e pode ser baixado e instalado gratuitamente! O meu setup é super simples por enquanto: acredito que devemos utilizar os recursos que temos. Os investimentos e upgrades serão sempre infinitos. Uso uma placa Fast Track da M-audio, de dois canais, e um microfone Sennheiser e608.
Após o primeiro registro fica mais fácil imaginar articulações e dinâmicas. Depois disso é fazer o take valendo e extrair as faixas em Wave.
Bora produzir! O som não pode parar. Abraço e até a próxima!
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